Vale a pena ter uma previdência privada?

Com a Reforma da Previdência aprovada em 2019, ocorreram muitas modificações e surgiram diversas dúvidas. Dentre elas, a viabilidade de se ter uma previdência privada. Escolha essa que não era tão interessante antes da reforma. Agora, passou a ser vista como uma opção de reserva financeira e complemento da aposentadoria.

Afinal, ter uma previdência privada realmente vale a pena? Se você quer garantir uma boa qualidade de vida no futuro, continue a leitura! Vamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre esse investimento.

O que é previdência?

Com certeza já ouviu falar em previdência. Mas, sabe o que isso significa? Ela é a reserva financeira que você faz hoje para não ter que se preocupar com dinheiro quando necessitar. Por exemplo: quando se aposentar ou quando precisar parar de trabalhar (invalidez). Basicamente, é a quantia que guarda pensando na sua qualidade de vida no futuro.

Mas, se engana quem pensa que a previdência só é usada para se aposentar. Apesar de ser o alvo mais comum, esse investimento é aconselhado para todo objetivo a longo prazo. Ou seja, se você vai precisar do dinheiro só daqui a seis anos ou mais, essa pode ser uma boa opção. Não sabe como? Por isso, vamos explicar os tipos existentes.

Quais os tipos de previdência que existem hoje no Brasil?

No Brasil, todo cidadão que possui carteira de trabalho assinada, já está integrado à Previdência Social, obrigatoriamente. Esse é o tipo mais conhecido e é gerido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Consequentemente, pelo Governo Federal.

O segundo tipo é a previdência privada, ou complementar, que é opcional e oferecida por instituições financeiras e corretoras. Sendo fiscalizada pela SUSEP (para planos de previdência complementar aberta) ou pela PREVIC (para previdência complementar fechada). Dessa maneira, possui regras específicas estabelecidas pelas Leis Complementares nºs. 108 e 109 de 29/05/2001. 

Para ficar mais claro, vamos ver cada tipo:

1 – Previdência Social

A Previdência Social é o tipo mais conhecido. É aquela na qual todas as pessoas com carteira assinada estão obrigatoriamente inseridas. Gerida pelo Governo, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS. Esse sistema é usado para amparar aposentados, trabalhadores em auxílio doença, auxílio gravidez, pensões por morte, dentre outros eventos que impedem o cidadão de trabalhar.

O Regime Geral da Previdência Social é de repartição simples. Isso significa que o dinheiro de quem contribui hoje é usado para pagar o benefício dos que já estão utilizando. Assim, quando for a vez dos contribuintes atuais receberem o direito. As pessoas que estiverem ativamente pagando a previdência arcarão com o montante do auxílio. Deste modo, de geração em geração, os usuários ativos pagarão pelo auxílio das inativas.

O maior inconveniente dessa previdência é que há um limite de recebimento. Chamado de “teto do INSS”, o valor máximo que um beneficiário pode vir a receber em sua aposentadoria é R$ 6.101,06. Essa é a quantia em 2020, mas todos os anos é reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

2 – Previdência Privada

Também conhecida como “previdência complementar”. Assim, podemos considerar a previdência privada uma aposentadoria que não depende do INSS. Isso porque ela resulta exclusivamente das aplicações do titular. Ou seja, você guarda dinheiro naquele fundo por um longo período de tempo e define quando e a forma de resgatar.

Parecido com os investimentos usuais, as aplicações na previdência privada podem ser feitas todos os meses. A principal diferença é que não é cobrado imposto em caso de falecimento ou transferência do título. Devido a isso, é considerada por bancos como um seguro. Além disso, você pode decidir receber o acumulado mensalmente, ao invés de retirar todo o montante de uma única vez. De forma semelhante à aposentadoria fornecida pelo Governo.

Como o INSS possui um teto de recebimento, a previdência privada é muito usada a fim de complementar a renda. Mas, também pode ser utilizada para projetos de longo prazo. Por exemplo: um novo negócio ou pagar a faculdade dos filhos. E, dentro da previdência privada, podemos considerar duas modalidades: a previdência complementar fechada e a aberta.

Na previdência privada aberta, temos o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) e o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres). O primeiro é usado por pessoas com poder aquisitivo alto e que fazem a declaração completa do Imposto de Renda. O segundo é melhor para quem faz declaração de IRPF de forma simplificada. Outra importante diferença é que, ao fazer o resgate na PGBL, é cobrado imposto sobre o montante total depositado e rendimentos. E, na VGBL o tributo só recai nos ganhos.

Já a previdência privada fechada é destinada a funcionários de uma empresa, categoria ou setor. As taxas costumam ser menores, já que a compra é feita em maior demanda. Por meio de associações, empresas ou entidades. Esse tipo também é conhecido como “fundos de pensão”.

É vantajoso ter uma previdência privada?

Agora que você já conhece isso tudo, aparece a pergunta: afinal, a previdência privada é uma boa opção ou não? Como todo e qualquer tipo de investimento, essa resposta é individual. E, só pode ser dada após analisar a sua situação, objetivos e perfil de investidor.

A principal vantagem da previdência privada é o poder que se tem de escolher o plano. Assim, define qual o melhor que se adapta às suas necessidades. Esse fundo é https://laurentiz.com.br/wp-content/uploads/2023/11/one-woman-typing-laptop-office-generated-by-ai_41368149-1-scaled-1.jpgistrado por um investidor experiente. Dessa maneira, vai expor o seu dinheiro a oportunidades que podem levar a uma renda extra na aposentadoria. Além do que, se você não estiver satisfeito com os resultados obtidos, sempre tem a opção de mudar.

As desvantagens recaem sobre as taxas de https://laurentiz.com.br/wp-content/uploads/2023/11/one-woman-typing-laptop-office-generated-by-ai_41368149-1-scaled-1.jpgistração e tributações em cima do capital aplicado e rendimento. O período de carência também é um fator negativo e deve ser considerado. Isso porque, se você precisar do dinheiro em uma emergência e o tempo de carência não tiver passado, será cobrada uma multa. Então, a previdência privada pode ser sim, uma ótima opção, desde que esteja condizente com seus planos.

Vale ressaltar que os diferentes planos possuem diversos graus de risco. E, a previdência privada não possui cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Por isso, é importante analisar o seu perfil de investidor e o quanto está disposto a comprometer seu dinheiro. O mais recomendado no mundo dos investimentos é diversificar sua carteira, e aqui não é diferente.

Devido a extrema burocracia do Brasil, os assuntos relacionados à previdência privada geram muitas dúvidas. Por isso trouxemos aqui do modo mais simplificado possível. Se quiser garantir a aposentadoria que merece, leia também nosso artigo sobre planejamento previdenciário!

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